• 1 de maio de 2024 19:55

RS começa a fazer vigilância genômica da febre amarela

ByRafaela Andrighi

dez 1, 2021

Amostras do vírus da febre amarela começaram a ser sequenciadas pelas equipes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

O sequenciamento genético permitirá à Vigilância monitorar a circulação das linhagens de vírus da febre amarela que ocorrem no Estado.

Será possível, por exemplo,  verificar se é o mesmo vírus que está avançando para diversos lugares ou se uma linhagem foi extinta e houve outra reintrodução.

A análise da dinâmica das linhagens do vírus contribui para as ações de controle e de enfrentamento da doença.

É o primeiro estudo próprio realizado no Rio Grande do Sul sobre a linhagem deste vírus, transmitido por mosquitos silvestres, incorporando a vigilância genômica ao programa de prevenção da febre amarela.

Até agora, a análise genética de amostras do vírus do RS era realizada pelo apenas pelo laboratório referência, a Fiocruz Paraná.

A Universidade de Brasília (UNB) vinha realizando o sequenciamento, em amostras retiradas de macacos contaminados pelos mosquitos, através do projeto de pesquisa Febre Amarela BR, financiado pelo CNPQ e que atua em cinco regiões do Brasil, incluindo o sul.

Apesar de vulneráveis à infecção, os macacos não transmitem a doença. O nível de contaminação deles, no entanto, indica a circulação do vírus e o risco para os humanos.

“Com o trabalho, a Secretaria da Saúde vai colaborar com informações complementares que auxiliam na modelagem da doença e que também enriquecem o conhecimento sobre o vírus”, explicou a chefe da divisão de vigilância ambiental, Aline Campos.

“Os dados obtidos a partir do sequenciamento acrescentam informações sobre a disseminação e a manutenção do vírus da febre amarela, auxiliando no direcionamento dos esforços de controle”.

Para atuar no sequenciamento do vírus da febre amarela, os servidores da Divisão de Vigilância Ambiental (DVAS) e do Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT) do Cevs receberam treinamento do Pós-Doutorando da UNB, Miguel Souza.

A preparação das equipes é parte do projeto de pesquisa Febre Amarela BR, do qual a Secretaria da Saúde participa através do Cevs, ganhador de uma chamada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

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