O prazo previsto para conclusão é de dois meses
O governador Eduardo Leite assinou, nesta quinta-feira (13/6), no Palácio Piratini, a ordem de início para as obras de reconstrução do trecho de 100 metros no km 88 da ERS-129, em Muçum, que desmoronou em virtude das chuvas no Vale do Taquari.
Estimada em R$ 8,84 milhões, trata-se de uma obra complexa por se tratar de um desmoronamento, cujo volume é formado por 100 metros de extensão da via, com uma profundidade de 45 metros e 60 metros de largura.
Estas dimensões geram um volume a ser preenchido de 109 mil metros cúbicos de material rochoso, além da necessidade de novo pavimento e estruturas complementares para dar a sustentação necessária, uma vez que a região é formada por terrenos íngremes e bastante instáveis. O prazo de conclusão é de dois meses e será custeada com recursos próprios, provenientes da praça de pedágio da EGR.
O documento também foi assinado pelo secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, pelo diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luís Fernando Vanacôr, pelo diretor administrativo e financeiro da estatal, André Arnt, e pelo representante da empresa Matt, responsável pelo serviço, Alex Lemes.
O governador destacou a importância da obra para a região. “Estamos empreendendo todos os esforços na reconstrução do Estado. A reconexão das localidades atingidas é uma das grandes prioridades, como esse trecho da ERS-129 que faz a ligação entre Muçum e Vespasiano Corrêa. Vamos atuar com celeridade para garantir o restabelecimento dessa ligação, o fluxo logístico e o escoamento da produção”, disse.
Durante o ato de assinatura, Leite ligou para os prefeitos Mateus Trojan e Tiago Michelon, de Muçum e Vespasiano Corrêa, que celebraram a notícia e falaram sobre o impacto positivo do início das obras.
Considerado um dos principais corredores logísticos e de desenvolvimento do Vale do Taquari, o trecho que liga os municípios de Muçum e Vespasiano Corrêa foi severamente afetado pelas enchentes entre o final de abril e o início de maio.
Antes da crise meteorológica, a média de veículos na praça de pedágio de Encantado, que envolve o tráfego na ERS-129 e na ERS-130, era de 218,6 mil mensais, cerca de 7,2 mil diários.
O secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, afirmou que o início das obras representa um marco significativo para a melhoria da infraestrutura viária do Vale do Taquari e é um passo importante para a reconstrução do Rio Grande do Sul.
“A recuperação da ERS-129 contribuirá diretamente para interligar novamente as comunidades e para impulsionar o desenvolvimento da região, reafirmando o compromisso do Estado com a segurança e o desenvolvimento”, destacou.
O diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr, disse que a obra irá restabelecer a conexão da região do Vale do Taquari com os demais municípios do Estado.
“Essa construção simboliza uma retomada importante de conexão para as comunidades devido à importância estratégica da ERS-129. Ela é um dos principais corredores logísticos para o escoamento da produção e o transporte de cargas na região do Vale do Taquari”, ressaltou.
Participaram da assinatura o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossela, e o deputado estadual Edivilson Brum.
Plano Rio Grande
Na segunda-feira (10/6), a EGR homologou a empresa vencedora da disputa pública realizada em 6 de junho no site de pregões do Banrisul. Três empresas participaram da disputa pelo menor valor global.
A ação integra o Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.
Desvio emergencial
A EGR concluiu, em menos de 15 dias, a construção de um desvio emergencial ao lado do km 88 da ERS-129, em Muçum.
Visando à segurança dos usuários, o desvio provisório está disponível apenas para automóveis, vans, ambulâncias e caminhões com peso máximo de seis toneladas, das 7h às 19h.
A EGR alerta que o trecho funciona no sistema pare e siga, devido às dimensões reduzidas da via alternativa.
Além disso, a EGR pavimentou três quilômetros e promoveu melhorias na estrada vicinal da Linha São Luís, que também é utilizada como desvio alternativo, visando aprimorar a trafegabilidade de veículos acima de seis toneladas e dos demais veículos entre 19h e 7h.
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