Município não tem a doença, mas é preciso que a comunidade redobre a atenção e tome os cuidados necessários
Foram encontrados criadouros do mosquito Aedes aegypti em cinco bairros de Taquara no último levantamento feito pela Vigilância Ambiental do Município. Segundo explica a médica veterinária responsável, Regina Damasceno Rodrigues, Taquara é considerada infestada pelo mosquito que transmite doenças como dengue, chikungunya e zika vírus.
“Temos que observar que o mosquito agente transmissor da doença foi encontrado, mas não a doença propriamente dita, por isso devemos nos atentar aos cuidados e prevenções necessárias”, revela Regina.
Diariamente, agentes de combate à endemias trabalham para conter a proliferação do mosquito, mas a comunidade deve ajudar.
“Os agentes de combate à endemias fazem visitas domiciliares periódicas levando ao cidadão informações pertinentes sobre os cuidados que devem ser mantidos para prevenir o mosquito”, menciona a médica veterinária.
Segundo a secretária de Saúde, Ana Maria Rodrigues, o papel da comunidade é importantíssimo neste trabalho de prevenção.
“Somos Município infestado mas não temos a doença, porém cada um precisa fazer sua parte observando os cuidados com água parada, vasos de plantas, pneus e garrafas sempre bem acondicionados e a limpeza ao entorno de pátios e casas. Se cada um fizer sua parte, o mosquito não terá chance de proliferar”, afirma a secretária.
Como é feito o levantamento
Realizado quatro vezes ao ano, em datas pré determinadas pelo Ministério da Saúde, nos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti, o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), permite identificar áreas com maior proporção/ocorrência de focos, bem como criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus.
A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).
“Durante uma semana são realizadas estas visitas pelos agentes e quando encontram criadouros com larvas, as coletam. No último LIRAa realizado em Taquara, entre maio e junho, foram encontradas larvas que positivaram para o aedes nos bairros Santa Maria, Tucanos e Fogão Gaúcho, mas não temos dengue, somente o mosquito que a transmite”, revela Regina.
Outra forma utilizada pela Vigilância Ambiental é o acompanhamento permanente de pontos estratégicos. “Temos pontos estratégicos que visitamos a cada 15 dias por serem locais determinados para a existência de criadouros como borracharias, cemitérios, floriculturas. Quando encontramos larvas as coletamos e encaminhamos para o laboratório Lacen, em Porto Alegre, para análise. A última coleta foi feita há duas semanas e encontramos larvas em uma mecânica no bairro Santa Maria, no cemitério do bairro Santa Rosa e em uma floricultura do centro da cidade”, salienta.
Orientações
Mesmo após encontradas as larvas e encaminhadas para análise as visitas continuam e as orientações seguem realizadas aos moradores quanto tampar tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, retirar a água dos pneus, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela e manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
Informações podem ser adquiridas pelo telefone da Vigilância Ambiental de Taquara (51) 3541 9322.