A coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), psicóloga Caroline Britto da Silva Silveira disse: “Nesse período, em função da pandemia, ocorreram muitas demissões, suspensões de contratos, o que ocasionou um grande número de atendimentos. Desde 18 de março já foram realizados mais de 2000 atendimentos e 850 cestas básicas entregues. Antes à pandemia, em dois meses, fazíamos cerca de 600 atendimentos e entregávamos cerca de 200 cestas básicas”, revela.
Para consentimento da cesta básica por exemplo, as solicitações eram encaminhadas através de um cadastro específico para avaliação da equipe técnica.
Primeiramente, foram priorizadas pessoas sem renda fixa, autônomos, trabalhadores informais, população em situação de maior vulnerabilidade social, catadores e famílias com maior vulnerabilidade atendidas pelo Programa Criança Feliz.
“Em decorrência de muitas famílias já estarem recebendo o auxílio emergencial, estamos priorizando, neste momento, famílias que não possuem nenhuma renda ou benefício, ou cujo auxílio emergencial possa estar em análise ou ter sido negado”, disse Caroline Britto, coordenadora do CRAS.
Como o caso da Ana Paula Clarimundo, de 23 anos, que se encontra desempregada e teve o seu auxílio negado, moradora do bairro Medianeira.
“Tenho uma filha e é só eu e ela, não tenho dinheiro pra nada, às vezes preciso vender algo de casa pra conseguir nos manter”, disse Ana Paula, que recebe uma cesta básica no CRAS por mês.
Além disso, para Everton de Oliveira, 30 anos, que mora no bairro Santa Teresinha, não é diferente, pois seu auxílio foi negado e, ele e sua esposa, se entram sem emprego.
“É a primeira vez que venho pedir algum auxílio, pois estou precisando muito”, disse Everton.
“Recebemos muita ajuda a qual agradecemos muito, pois só assim podemos ajudar, cada vez mais, as pessoas que estão passando dificuldades. Recebemos doações de alguns vereadores, prefeito, vice-prefeito, Rissul, Mesa Brasil do SESC, ParanhanaNet. Também recebemos máscaras de doação do grupo Lions em que estamos entregando para usuários que acessam os nossos serviços e não possuem máscaras”, disse a coordenadora. A comunidade já doou mais de duas toneladas de alimentos.
MORADORES DE RUA
Para o atendimento aos moradores de rua, a coordenadora do Programa Bolsa Família, Clarice Quadros, disse que é feita uma parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação e o Instituto Vitória.
“O usuário, após passar por avaliação médica no Pronto Atendimento 24h, e descartados sintomas de gripe, é encaminhado para a instituição para pernoitar, fazer as refeições e participar de atividades lúdicas, recreacionais e educacionais, podendo permanecer nas dependências da instituição até o término do período da pandemia”, disse Clarice. Também são fornecidos passagens intermunicipais para que tenham a opção de ir para outra cidade.
PRIMEIRA INFÂNCIA MELHOR (PIM) E PROGRAMA CRIANÇA FELIZ (PCF)
Em relação ao PIM/PCF o acompanhamento é feito remotamente pelo WhatsApp. Desde o começo da pandemia, o trabalho circundou mais a questão de orientações referentes ao auxílio emergencial, cesta básica, dicas de higiene, dúvidas quanto ao COVID-19, entre outros.
Desde o dia 27 de abril, são elaborados vídeos e postagens com atividades, referentes à pandemia e ao desenvolvimento infantil, e enviados para as famílias pelas visitadoras dos programas.
SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS (SCFV)
No SCFV o acompanhamento também está sendo feito por meio do WhatsApp. O grupo de idosas e adultos já tinham grupo pelo aplicativo onde foram feitas várias orientações.
No último Dia das Mães, foi feito um vídeo e enviado homenageando todas as mães dos grupos de Idosos e Adultos. Ale´m disso, está sendo feito um grupo para as crianças e adolescentes com o intuito de envio de vídeos e atividades.
Também será realizado contato com os participantes do SCFV através de visitas domiciliares e ligações telefônicas para que as famílias possam continuar sendo assistidas e acolhidas.
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