O baixíssimo nível do Rio Paranhana tem preocupado autoridades em Igrejinha. Isso porque, segundo a Defesa Civil, o mês de março encerrou com apenas 29 mm de chuva, número muito aquém dos 109 mm da média histórica do período. Diante disso, o município pode decretar situação de emergência por seca nos próximos dias.
O cenário está sendo acompanhado de perto pelo vereador Juliano Muller, que nesta semana encontrou-se com a coordenadora da Defesa Civil local, Alessandra Azambuja, para discutir a situação. “Desde 2005 Igrejinha não decreta situação de calamidade e uma estiagem como essa é comparável somente com a que motivou o decreto de março de 1988, há mais de 30 anos”, destaca Juliano.
A falta de chuvas enfraqueceu vertentes e córregos, além de reduzir o nível do rio em aproximadamente meio metro e de deixá-lo com cascalho aparente em muitos pontos. Ainda, cerca de 110 mil litros de água são retirados diariamente do rio e levados às comunidades que vivem nas extremidades mais altas do município, para garantir o consumo humano e de animais. Esta ação beneficia localidades como Serra Grande, Voluntária, Morada da Colina e Lajeadinho.
Situação é agravada pela Covid-19
Juliano lembra que o consumo de água tende a aumentar neste período de quarentena, uma vez que um número maior de pessoas fica em casa e prioriza ações de higiene, como a lavagem constante e detalhada das mãos. “Precisamos agir com responsabilidade e, para reforçar a importância do assunto, encaminhei ao Município indicação para que a situação seja avaliada de forma técnica. Isso pode, inclusive, motivar a decretação de situação de emergência por seca”, informa.
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