Na tarde da última sexta-feira (8) ocorreu uma reunião na Câmara de Vereadores de Três Coroas para discutir a possível construção de uma Central Geradora Hidráulica (CGH) no Rio Paranhana.
A atividade contou com a participação de vereadores e representantes do poder executivo do município anfitrião e também das cidades de Igrejinha e Canela, além da comunidade em geral.
A obra poderá ser realizada em um trecho do rio que fica em território canelense, porém ela tem gerado preocupação e rejeição na população dos municípios vizinhos que ficam na parte baixa do Paranhana.
O empreendimento irá gerar danos ao Meio Ambiente e afetar diretamente a prática esportiva e turística de atividades aquáticas, como por exemplo, o rafting e a canoagem. Os impactos no turismo e os riscos que uma obra dessas representa para as comunidades ribeirinhas também pesam contra a construção.
O andamento e os detalhes do processo para muitos ainda é desconhecido. Para esclarecer as duvidas, participou da reunião o engenheiro responsável pelo projeto, Camille Nassar, que trabalha para a CGH Espírito Santo, empresa empreendedora que foi criada há apenas seis meses.
Ele falou do projeto e respondeu perguntas. De acordo com o engenheiro, o objeto em discussão é a construção de uma CGH. Mas quando questionado, revelou a intenção de se construir mais outra hidrelétrica próximo ao Brasil Rafting e também reativar a Barragem das Laranjeiras.
Segundo o Portal da Folha, veículo de comunicação da cidade de Canela, após a reunião de sexta-feira passada o engenheiro Nassar informou que os motivos que impediam a exploração de Laranjeiras não existiam mais.
A Prefeitura de Três Coroas vem se manifestando contra ao projeto e já encaminhou ao Ministério Público uma carta de repúdio à construção da hidrelétrica. No dia 1º de abril ocorrerá uma Audiência Pública no município sobre as barragens do Sistema Salto, em que será abordado o assunto.
*FOTO: Diego Land.