Especialista exemplifica que o HPV tem relação com seis tipos de doenças oncológicas
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) continuam sendo um tema de saúde pública preocupante, com o agravante de que, em alguns casos, podem servir como porta de entrada de vírus ligados a certos tipos de câncer.
“O HPV (papiloma vírus humano), por exemplo, tem relação conhecida com neoplasias que atingem colo uterino, garganta (orofaringe), canal anal, vulva, vagina e pênis”, destaca a oncologista Fernanda Casarotto, da Oncoclínicas RS. O HIV tem uma correlação direta com linfoma e sarcoma de Kaposi e ainda pode tornar o paciente mais suscetível a apresentações mais agressivas de doenças oncológicas, como o próprio câncer de colo de útero. Já as hepatites B e C, ambas ligadas ao surgimento de tumor de fígado, também podem ser transmitidas pelo contato sexual.
Atenção aos sinais
Conforme o Ministério da Saúde, as ISTs podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outras alterações, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. Essas infecções aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo como palma das mãos, olhos e língua.
Sempre que algum sinal ou sintoma for percebido, deve ser procurado o atendimento médico, independentemente de quando foi a última relação sexual.
Para evitar riscos, a prática mais indicada é o uso de preservativos, altamente efetivo contra a infecção por HIV e hepatites quando transmitidos sexualmente. “Já quando falamos em HPV, apesar de ajudar, a utilização não previne completamente a chance de transmissão. Por isso, a importância da vacina nestes casos. Vale lembrar, que além do masculino, também temos o preservativo feminino e para uso oral”, informa a oncologista.
Vacina é segura e gratuita
A vacina contra o HPV é essencial como medida para erradicar os tipos de câncer ligados a este vírus e pode evitar a maioria dos casos do tumor de colo do útero. “É um método seguro, com importante custo-benefício e disponibilizado gratuitamente no país desde 2014”, afirma Fernanda Casarotto.
No Rio Grande do Sul já é o quarto mais incidente entre mulheres – com projeção de 620 casos em 2023 (dados mais recentes) – e a quinta causa de mortes por neoplasias no sexo feminino, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
De acordo com a instituição, a faixa etária com maior número de registros e óbitos no Estado é de 40 a 49 anos. No entanto, trata-se de uma doença oncológica com alto potencial de prevenção e tratamento quando diagnosticada precocemente.
A especialista destaca que a melhor idade para a vacinação é antes da exposição, por isso deve incluir crianças. Outra indicação muito importante é o exame preventivo, seja pelo papanicolau ou por pesquisa do HPV no colo de útero.
A imunização, que já estava disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para a faixa de nove a 14 anos, no ano passado foi liberada para pessoas de 15 a 19 anos, também em dose única.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia.
Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 144 unidades em 40 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha.
Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.
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