• 14 de novembro de 2024 03:01

16º Fórum Sindical Sul reforça a defesa da unicidade sindical e aponta caminhos para o futuro do movimento trabalhista

ByRafaela Andrighi

nov 13, 2024

Evento reuniu dirigentes em defesa da classe trabalhador

 Entre os dias 4 e 6 de novembro, lideranças sindicais, trabalhadores e autoridades participaram do 16º Fórum Sindical Sul (FSS 2024), realizado no Hotel Alles Berg, em Nova Petrópolis.

Organizado pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do Vestuário do RS (FETICVERGS), o evento debateu os principais desafios enfrentados pelos sindicatos no Brasil e definiu estratégias prioritárias para fortalecer o movimento trabalhista em 2024.

Com uma programação ampla e diversificada, o Fórum trouxe palestras e debates que abordaram temas como sustentabilidade financeira, inclusão social, formação sindical e políticas públicas.

Além disso, proporcionou um espaço para reflexão sobre o papel das entidades sindicais na construção de uma sociedade mais justa. “O 16º Fórum Sindical Sul foi um marco para o movimento sindical brasileiro. Conseguimos alinhar prioridades, compartilhar experiências e, sobretudo, renovar o compromisso com a luta por direitos e dignidade para os trabalhadores”, destacou o presidente da FETICVERGS, João Nadir Pires.

Durante a abertura, o senador gaúcho destacou os desafios enfrentados pelos sindicatos diante das transformações políticas e econômicas do país. Em sua fala, propôs uma mobilização nacional pela Contribuição Negocial, essencial para a sustentabilidade das entidades.

“Sem a união dos trabalhadores e o custeio adequado, os sindicatos perdem a força de lutar por direitos e dignidade. É hora de mobilização nacional para proteger o movimento sindical,” declarou Paim, que também anunciou sua saída da política em 2026.

Durante sua palestra, a procuradora especial da Mulher na Câmara Municipal de Porto Alegre, Abigail Pereira, abordou a precariedade enfrentada pelas mulheres no mercado de trabalho e a falta de participação feminina e jovem nas decisões políticas e sindicais.

“A luta por igualdade precisa começar dentro das nossas entidades sindicais. Precisamos de mais mulheres e jovens ocupando os espaços de decisão, porque só assim teremos representatividade real,” afirmou.

Marcelo D’Ambroso, desembargador do TRF-4, fez uma análise sobre as “necropolíticas neoliberais” e seus impactos no mundo do trabalho, alertando para o avanço da uberização e da plataformização das profissões.

Ele também defendeu a modernização dos sindicatos. “O futuro do sindicalismo passa pela digitalização e pela aproximação com a juventude. É preciso inovar para dialogar com as novas gerações,” enfatizou o desembargador.

José Reginaldo Inácio, atual presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), destacou as conquistas históricas do Fórum e apresentou um plano de lutas unificado para 2024, focando na redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem diminuição de salários.

“A luta pela redução da jornada é um dos maiores desafios, mas também uma das maiores oportunidades para avançarmos em qualidade de vida e produtividade,” pontuou Ramos.

No último dia do evento, os dirigentes sindicais definiram um conjunto de ações prioritárias para fortalecer a classe trabalhadora em 2024. Entre elas, destacam-se a garantia da Contribuição Negocial, a ampliação da participação de jovens e mulheres nos sindicatos e o combate ao assédio moral nas empresas.

A modernização da comunicação sindical também foi estabelecida como meta, com o objetivo de aproximar as entidades das bases e fortalecer o diálogo com os trabalhadores.

 

Sobre o Fórum

Realizado anualmente, o Fórum Sindical Sul é uma das principais iniciativas voltadas à articulação e fortalecimento das entidades sindicais no Brasil. O evento promove a troca de ideias e a construção de estratégias conjuntas, consolidando-se como um espaço de diálogo e união para o movimento trabalhista.

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