Comitiva tem especialistas com experiência em tragédias e vai preparar um diagnóstico de danos e possíveis alternativas
Igrejinha está recebendo ajuda técnica no seu desafio de recuperação de espaços históricos e culturais atingidos pela enchente de 02 de maio.
A cidade foi contemplada com a visita de uma missão internacional de emergência promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com a Secretaria da Cultura (Sedac), através do Sistema Estadual de Museus (SEM/RS), e o Ministério da Cultura (MinC).
A iniciativa vai percorrer diversas instituições culturais gaúchas afetadas pelas enchentes a fim de avaliar os danos e apoiar a recuperação de acervos e coleções.
O grupo visitou o Parque de Eventos Almiro Grings, conhecendo a Vila Germânica e verificando o que restou do acervo as possibilidades de reconstrução do Museu Prof. Gustavo Adolfo Koetz e do Arquivo Histórico ali localizados.
Estiveram também na Steinhaus (Casa de Pedra) que está em processo de restauro.
Eles foram recebidos pela museóloga Daniela Schmitt e pela historiadora Alice Jungblut Braun, da Movimento Curadoria e Projetos Culturais, por representantes da administração municipal, através da Secretaria de Turismo e Cultura, e pelo CTG Sentinela da Tradição, que recepcionou a equipe com um almoço especial.
A empresa Movimento tem atuado de forma voluntária na recuperação dos itens do acervo do Museu, além disso, é responsável pelo restauro da edificação (Steinhaus).
Compõem a missão a arqueóloga Andrea Richards, de Barbados, e o socorrista cultural Samuel Franco, da Guatemala, que permanecerão no Estado até 19 de julho.
Participaram também da visita a Igrejinha, a Oficial de Projetos da Unesco Mariana Salvadori e a consultora Eneida Braga, especialista em gestão pública com foco em museus e equipamentos culturais e com experiência na defesa dos interesses dos museus brasileiros; além da coordenadora do Sistema Estadual de Museus (SEM/RS), Doris Couto.
A ideia é que após a visita, o grupo elabore um documento trazendo um diagnóstico com as possíveis providências a serem tomadas pela gestão pública.
“Essa parceria é fundamental para conseguirmos recursos para a cidade. Os projetos serão voltados para a recuperação do acervo atingido pela enchente. Receber técnicos especialistas que já trabalharam em situações de catástrofes está sendo importante para que evidenciem as próximas etapas, ao visualizarem a dimensão dos estragos. Com isso, esse direcionamento será importante para os projetos voltados à captação de recursos”, destaca Daniela Schmitt, CEO da Movimento, pontuando que esse é um primeiro passo para que se tenha uma retomada da área cultural da cidade focada no patrimônio.
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