Eu gostaria de conversar sobre a alegria. Tem muitas pessoas que vivem tristes e cansadas pelo ritmo da vida, pelo ano, pelos trabalhos, pelas preocupações, por tantas coisas que acontecem.
Alegria precisa ter razões. A alegria cristã vem do interior, de razões de fé, de crença em Deus e são justamente essas razões que dão firmeza à alegria, não deixam que a alegria seja simplesmente um momento passageiro.
Alegria não é exterioridade vazia e contraditória, nem algo que se possa e se deva sempre manifestar exteriormente.
Alegria não é simplesmente uma manifestação no exterior, ‘a pessoa está alegre porque visivelmente ela está alegre’, não, ela pode estar alegre interiormente e a gente não percebe nada, no exterior ela está simplesmente serena.
A Bíblia já dizia que: “Há um tempo para chorar, um tempo para rir, um tempo para gemer e um tempo para bailar”.
Se há tempo para tudo é preciso descobrir e ajudar as pessoas a descobrirem quais os motivos elas têm para serem alegres, para estarem na alegria, no fundo a alegria está sempre ligada aos nossos relacionamentos.
A relação do ser humano com Deus, com os outros, com a verdade a ser sempre descoberta, com a beleza a ser contemplada, a ser transmitida; quem se alegra de um modo ou de outro, comunica o motivo profundo de sua felicidade interior, a fim de que todos os outros se sintam felizes.
Por isso, a alegria pode ser também humilde e modesta, não barulhenta, nem invasiva, nem se identifica simplesmente com o sorriso que se exibe, que se expõe.
Um autor diz assim, “queremos fazer de tal modo que o nosso coração se torne feliz, não alegre, que é algo completamente diferente. Ser alegre é um fato externo, ruidoso, e logo se dissolve. A felicidade, pelo contrário, vive no íntimo, silenciosa, é profundamente enraizada, é irmã da serenidade, onde está uma, a outra também está. Não provém do dinheiro de uma vida cômoda ou do fato de sermos honrados pelas pessoas, embora possa ser influenciada por tudo isso.”
A verdadeira fonte de alegria está enraizada mais profundamente, está enraizada no próprio coração, em sua mais remota intimidade. Aí habita Deus e o próprio Deus é a verdadeira fonte da alegria. Caro leitor, que possamos sentir a alegria de viver.
Padre Ezequiel Dal Pozzo
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