Docentes conquistaram o Prêmio Professor Inovador, promovido pela Faccat e pela Associação dos Municípios do Vale do Paranhana
Duas professoras de Taquara foram reconhecidas na quinta-feira passada (6) com o Prêmio Professor Inovador, iniciativa promovida pela Faccat e pela Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara).
A iniciativa premia docentes da região do Vale do Paranhana que promovem projetos pedagógicos diferenciados com os alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A professora Eduarda Gheller Máximo da Silva, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arlindo Martini, ficou com o primeiro lugar geral do Prêmio Professor Inovador, e também com o melhor trabalho da região na categoria Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
E a docente Bárbara Caroline Sparrenberger, da Escola Estadual de Ensino Médio Dirceu Marílio Martins, foi reconhecida com o melhor trabalho regional na categoria Ensino Médio.
“É através da educação que nós conseguimos mobilizar nossas crianças e adolescentes para que se tornem grandes cidadãos. Parabenizo as duas professoras premiadas, e também aos demais docentes reconhecidos de Taquara e Região”, ressalta a prefeita Sirlei Silveira.
De acordo com a secretária de Educação, Cultura e Esporte de Taquara, Carla Silveira, o reconhecimento das professoras de Taquara é um momento para celebrar as boas práticas pedagógicas praticadas na região.
“Ficamos imensamente felizes pelo envolvimento dos nossos professores, gestores e coordenadores, para que tivéssemos inscritos trabalhos de qualidade, relatando experiências e vivências inovadoras em nossas escolas”, afirma.
Para o Prêmio Professor Inovador, foram 40 trabalhos inscritos por docentes da cidade, representando escolas municipais, estaduais e particulares.
Quatro projetos representaram o Município para a final regional.
Valorização da diversidade cultural
O projeto da professora Eduarda Gheller Máximo da Silva teve o tema “Cultivando Amor, Colhendo Respeito”, com o objetivo de valorizar as manifestações artísticas e culturais de diferentes povos do Rio Grande do Sul, dando ênfase à população negra e indígena.
A atividade foi realizada em 2022, com alunos do quinto ano do Ensino Fundamental da Escola Arlindo Martini, da localidade de Morro Negro, no Distrito de Fazenda Fialho.
“Nós fomos convidados a participar das competições artísticas dos Festejos Farroupilhas do Paranhana, e através da arte, propusemos levar ao público as contribuições de várias etnias. Resgatamos estas histórias através de pesquisas que as crianças fizeram para a realização deste espetáculo. E lá, trouxemos referências importantes, como a dos Lanceiros Negros – grupo de homens negros que lutaram com os farroupilhas na Guerra dos Farrapos, no século XIX –, e a da origem do consumo da erva-mate e do churrasco em nosso Estado, herança dos povos indígenas do Rio Grande do Sul”, explica.
Na apresentação, os alunos conquistaram o primeiro lugar na categoria Anos Iniciais, do Recanto Cultural, concurso de apresentações de música e dança.
Dando continuidade ao projeto, foi produzido o curta-metragem “Cultivando Amor, Colhendo Respeito”, que está disponível no YouTube.
Como legado deste projeto, Eduarda completa que continua levando atividades de múltiplas culturas aos seus alunos, aplicando teoria e prática de temas como a capoeira, de origem afro-brasileira, que mistura arte marcial, música e dança.
“Como professora, me sinto realizada em trazer estas atividades para as escolas, e admiro o empenho dos alunos. Precisamos valorizar as diferenças, para enfrentar o racismo, uma problemática que infelizmente continua. Esse é o meu propósito, de levar histórias afrocentradas, para que mais pessoas conheçam a própria cultura”, conclui.
Cultura africana através da matemática
A professora Bárbara Caroline Sparrenberger trabalhou a temática “A contribuição do jogo matemático africano na aprendizagem dos estudantes, por meio da mediação: promovendo valores civilizatórios”.
A iniciativa veio através de uma proposta da Escola Estadual de Ensino Médio Dirceu Marílio Martins, no Bairro Santa Teresinha, para abordar a cultura africana através das disciplinas.
Bárbara trabalhou com a criação de um jogo matemático, com o objetivo de destacar a cultura da África e a relação do continente com o Brasil, para além da escravidão.
“Foi uma forma de conscientizar os estudantes sobre a discriminação racial. E os resultados foram além do esperado, pois consegui cumprir com todos os meus propósitos como professora, sendo um momento especial para mim e para os alunos”, ressalta.
O projeto foi realizado com estudantes do primeiro e do segundo ano do Ensino Médio.
Bárbara completa que o trabalho auxiliou na conscientização dos alunos sobre a história do Brasil, e as questões étnico-raciais da população brasileira.
“Momentos como este proporcionam uma grande aprendizagem, através de materiais mais lúdicos, que as crianças e os adolescentes adoram. Foi algo bastante significativo, pois foi possível desmistificar a matemática, atrelando com assuntos de nossa sociedade, sendo um sucesso de aprendizagem significativa”, completa.
Saiba Mais.