Iniciativa busca corrigir a distorção de idade dos estudantes do Ensino Fundamental com relação ao ano escolar
A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece) de Taquara realizou nesta quinta-feira (24) a primeira edição da Mostra de Trabalhos Científicos do Projeto Gama (Grupos de Aprendizagem por Metodologias Ativas).
O evento reuniu a apresentação de 34 trabalhos elaborados por todos os alunos que fazem parte do projeto, que tem como objetivo corrigir a distorção de idade dos estudantes do Ensino Fundamental com relação ao ano escolar.
O Gama atende nove turmas de oito escolas municipais, com uma estrutura educacional que se diferencia das metodologias de ensino tradicionais.
“A feira faz parte das avaliações do projeto. Pois é através da pesquisa científica que o ser humano desenvolve o conhecimento desde o início dos tempos. Nós estamos fomentando o protagonismo, pois o aluno pesquisador começa a buscar a informação por conta própria”, explica a coordenadora do Gama, Taís Martins.
Os projetos apresentados foram avaliados por professores e convidados da Smece, de forma semelhante das demais feiras científicas realizadas nas escolas.
Porém, na Mostra de Trabalhos Científicos do Projeto Gama, todos foram premiados com medalhas e certificados de participação.
“Os avaliadores pontuaram as apresentações dos alunos em diversos critérios, dando também alguns pareceres, que serão repassados pelos professores aos estudantes, para que assim possam dar algum andamento aos seus projetos”, completa a coordenadora.
Olhar científico qualificado
A prefeita Sirlei Silveira parabenizou os estudantes pelo empenho dedicado em suas apresentações. “Fico muito feliz que os alunos do Projeto Gama desempenharam trabalhos tão qualificados, nas mais diversas áreas.
Eles se dedicaram aos projetos com muito afinco, e é gratificante ver os resultados que obtiveram nesta mostra científica”, frisa.
A secretária de Educação, Cultura e Esporte, Carla Silveira, acompanhou a feira, e ressaltou a evolução dos jovens com suas pesquisas.
“Fico emocionada ao ver todos tão animados em estar aqui, mostrando o seu potencial e que estão conseguindo se desenvolver. Que este momento sirva como motivação para que continuem elaborando grandes pesquisas”, destaca.
Projetos dos jovens
O tema das pesquisas foi livre, de acordo com o interesse de cada grupo de alunos.
Os estudantes Tainá Silva, Vitor dos Santos, Júnior Salvador e Rafael Marques, do Colégio Municipal Theóphilo Sauer, desenvolveram o projeto “Preconceito precoce”, que aborda sobre os ataques racistas e homofóbicos que eles e seus colegas já sofreram.
“Infelizmente a discriminação é algo que já sofremos e que eventualmente voltamos a ser atingidos. Foi muito bom poder me expressar com esse projeto, e posso conscientizar outras pessoas para que não tenham preconceito”, conta Tainá.
Já o grupo dos alunos Judá Silveira, Vitor Silva e Débora Fagundes da Silva, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Calisto Eolálio Letti, pesquisou sobre a “Matemática na obra”, como forma de mostrar que a disciplina de matemática está no dia a dia de todos, inclusive, nas construções de casas e edifícios.
“Entrevistamos pedreiros para entender como funciona sua rotina. Foi a forma que nós três encontramos em valorizar quem atua diariamente com obras”, explica Judá.
O jovem Pedro Henrique dos Passos, do Colégio Municipal Theóphilo Sauer, pesquisou sobre a “Profissão de jogador de futebol”, contando sobre as dificuldades enfrentadas por alguns atletas em seu início de carreira, e que hoje são destaque a nível mundial.
“Me inspirei no tema porque eu amo futebol e estamos na época da Copa do Mundo. É o esporte mais popular do mundo e muitas crianças sonham com uma carreira”, aponta.
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