A cidade de Parobé está participando de uma pesquisa inédita no Rio Grande do Sul para monitorar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, vírus da zika e chikungunya.
Será através da instalação de Ovitrampas, armadilhas que monitoram a presença do inseto, com uso de levedo de cerveja para atrair a fêmea do mosquito.
Elas serão utilizadas para mapear as áreas de maior risco e intensificar demais ações de prevenção nesses lugares.
O projeto, que começa a ser implantados neste segundo semestre de 2022, foi desenvolvido pela Secretaria Estadual de Saúde em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para qualificar as ações de controle e monitoramento do mosquito Aedes aegypti.
A estratégia está sendo implementada no Rio Grande do Sul, inicialmente em 23 municípios escolhidos por meio de critérios epidemiológicos e operacionais.
A ideia é expandir o uso da estratégia para o restante do território gaúcho, mediante condições técnicas e treinamento das equipes.
“Poderemos ter uma análise mais precisa, constatando onde temos maior incidência de ovos do mosquito Aedes aegypti e, por consequência, podemos deslocar mais agentes de nossa equipe para ter um trabalho ainda mais focado no combate a proliferação do mosquito. Além de monitoramento através da coleta e análise dos ovos, também existe a vantagem de eliminar os ovos que as fêmeas depositar na armadilha. Considerando que uma única fêmea pode colocar até 500 avos será um número considerável de ovos eliminados”, destaca o Agente de Endemias Cléber Roldão.
Alguns municípios do Brasil já utilizam as ovitrampas há mais tempo, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, mostrando-se como uma das estratégias mais sensíveis e eficientes para a detecção da presença do mosquito causador da dengue.
Mas o Rio Grande do Sul é o primeiro Estado brasileiro a utilizar essa estratégia em maior escala, não apenas em municípios isolados.