Procon do Município registrou 87 reclamações desta natureza desde o início do ano
O considerável aumento dos atendimentos no Procon de Taquara e de boletins de ocorrência na Delegacia de Taquara envolvendo demandas de fraudes, estelionato e cobranças indevidas foi pauta de uma reunião no gabinete da prefeita Sirlei Silveira na tarde desta terça-feira (19), com a participação de secretários e representantes do Sindilojas Vale do Paranhana e CDL Sapiranga.
Desde o início do ano, o Procon, segundo o coordenador Armando Severo, já recebeu 87 reclamações de pessoas que se sentiram lesadas por algum tipo de golpe.
Na Delegacia de Taquara, conforme revelou o delegado José Marcos Falcão de Melo, os boletins de ocorrências de golpes correspondem a 30% dos registros atualmente.
“É um crime difícil de investigar, especialmente quando envolvem transferências bancárias online”, destacou.
Para evitar que mais pessoas sejam atraídas por falsas ofertas de produtos e serviços não solicitados, como empréstimos consignados, será lançado nos próximos dias um material com informações importantes.
“São dicas para não cair em golpe, orientações do que fazer caso tenha sido vítima e como recorrer a seus direitos”, destacou Sirlei.
Além de Falcão, participaram do encontro o procurador jurídico Luciano Campana, o secretário de Planejamento, Beto Lemos, a secretária executiva do Sindilojas, Sonia Bohnen, o vice-presidente da CDL, Ademir Deitos, o presidente do Consepro, Daniel Lauck, o vice-presidente do Consepro, Evandro Karpes, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cassiano Kublick, e o vereador Elias da Enfermagem.
Dicas importantes
O Procon de Taquara dá algumas dicas importantes para não cair em golpes na internet. Sempre pesquise e compare os preços antes de comprar qualquer produto ou contratar serviços.
Evite as promoções milagrosas e de preços muito abaixo do praticado comumente.
Ao solicitar serviços, exija o contrato e anote todos os protocolos referentes à contratação.
Ao receber qualquer oferta por telefone exija o protocolo de atendimento.
Pesquise antes de comprar em alguma loja pela internet. Evite cair no golpe do “site pirata” ou página falsa.
No portal www.consumidor.gov.br é possível verificar se o site é confiável.
Ao constatar que se trata de uma compra segura, após fechar o negócio, guarde todos os comprovantes possíveis, salvando mensagens enviadas para o vendedor, comprovante de pagamento e uma cópia de todas as etapas da compra.
Estes comprovantes serão muito importantes para futuras reclamações.
Nas compras de produtos pela internet, por telefone, venda em domicílio ou por catálogo existe o “direito de arrependimento”.
Ou seja, o consumidor poderá desistir, no prazo de 7 dias, a contar da contratação do serviço ou recebimento do produto, sem qualquer custo.
Guarde sempre o protocolo ou o comprovante do cancelamento.
Evite ao máximo contratar empréstimos pelo telefone. Jamais forneça seus dados como CPF e número do cartão do INSS, por mais insistentes que sejam, no momento da ligação, geralmente solicitando esses dados para “atualização cadastral”.
Se achar seguro, bloqueie seu benefício previdenciário para empréstimos consignados.
Isso pode ser feito pelo aplicativo Meu INSS, pelo site meu inss.gov.br ou pelo fone 135.
Onde fica o Procon em Taquara
O Procon é um órgão municipal cujo objetivo é o de informar, defender e orientar os consumidores que buscam uma solução para qualquer problema nas relações de consumo, seja na aquisição de produtos ou de serviços.
Em Taquara, fica no prédio anexo à Prefeitura, na Rua Tristão Monteiro, 1278, e atende de segunda a quinta-feira das 8h às 12h e das 13h e 17h30 e nas sextas-feiras das 7h30 às 13h30.
Para reclamar no Procon de Taquara é preciso trazer ou informar o nome, endereço completo, CNPJ e telefone ou e-mail do fornecedor de produtos ou serviços.
Informar o motivo da reclamação, citando as condições nas quais adquiriu o produto ou solicitou a prestação de serviço.
Também tenha à mão documentos que comprovem a relação de consumo, como faturas, certificados de garantia, ordens de serviço, contratos, notas fiscais, recibos.
“Aconselhamos que o consumidor sempre tente, antes de procurar um órgão de proteção ao consumidor, resolver o problema diretamente com os fornecedores de produtos ou serviços, através do Serviço de Atendimento ao Consumidor. Em contato com o SAC, anote sempre o número do protocolo que será fornecido, o nome do atendente, a data e a hora e toda e qualquer orientação ou encaminhamento que forem apresentados”, orienta Armando.
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