Estrutura, assim que pronta, receberá o Complexo Municipal de Saúde e a base do Samu
Uma novela que se arrasta desde 2012, a conclusão da obra e a destinação do prédio onde seria a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Taquara ganhou mais um capítulo importante na manhã desta segunda-feira (13).
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) anunciou que Taquara receberá o investimento de R$ 2,4 milhões pelo Avançar na Saúde – programa do governo gaúcho lançado neste ano – para finalizar a edificação e a utilização da estrutura como Complexo Municipal de Saúde e base para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atualmente está em um imovel alugado pela Prefeitura.
Desde que assumiram o governo, a prefeita Sirlei Silveira e o vice Nelson Martins haviam colocado a retomada da obra da UPA entre as prioridades.
Em janeiro, já se iniciava as discussões sobre a retomada das obras e a transformação do local em referência para atendimentos de especialidades médicas.
“Tivemos apoio muito importante do deputado estadual Dalciso Oliveira, que se colocou como interlocutor junto ao governo do Estado, encaminhando e acompanhando nosso projeto na SES”, reforçou Sirlei, acompanhada da secretária de Saúde de Taquara, Ana Maria Rodrigues, do secretário de Orçamento, Jefferson Allan Müller.
A utilização do prédio foi possível graças a uma portaria de 2018, na qual o governo federal permite aos municípios com UPAs inacabadas fazerem adequações necessárias para instalar serviços de saúde. O projeto coordenado pela Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Captação de Recursos, e gerenciado pela Secretaria de Saúde, será detalhado em uma coletiva de imprensa e live na manhã de terça-feira (14).
Uma novela que se arrasta há oito anos
Conforme a Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Captação de Recursos, a licitação para construção da UPA de nível 2 – com área de abrangência para 100 mil a 200 mil habitantes, e que atenderia municípios da região – foi finalizada em dezembro de 2012, com vitoria da Biomina Urbanizadora LTDA.
Inicialmente, no governo do ex-prefeito Délcio Hugentobler, o serviço seria instalado na rua Felipe Werb Filho, nº 1001, no bairro Sagrada Família – fundos do Hospital Bom Jesus –, mas, na gestão do ex-prefeito Tito Lívio Jaeger Filho, houve a mudança para o terreno da Sebastião Amoretti, no Morro do Leôncio, que foi cedido pelo Estado ao Município por 20 anos.
As obras deveriam ter iniciadas em novembro de 2013, porém o terreno precisou passar por terraplanagem até março de 2014, 15 meses após a licitação.
Em outubro de 2016, a Biomina faliu antes da conclusão da obra e teve seu contrato rescindido.
Outro problema ocorreu quando um deslizamento de terra atingiu residências próximas, sendo necessária a construção de um muro de contenção, o que já estava previsto no projeto inicial, mas se arrastou para ser executado em razão da demora na escavação necessária no local.
Logo que a obra paralisou em 2016, a mesma estava em 52%. Atualmente, em razão da depredação sofrida nesses anos, a Secretaria de Planejamento estima que houve perda de 3% dos materiais investidos. Portanto, a construção deve estar em 49%.
A planta original previa três prédios: um principal e mais dois anexos, que inicialmente serviram como subestação e depósito.
O prédio principal está com as paredes e fundações concluídas e a laje, cobertura, o reboco e contrapiso parcialmente prontos. Faltam a pintura, o azulejo, água, esgoto, esquadrias, PPCI e rede lógica. Os dois anexos não foram iniciados.