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Infestação de dengue e baixa vacinação da febre amarela alertam estado

ByRafaela Andrighi

jun 22, 2021

A preocupação com a crescente presença das arboviroses (dengue, chikungunya, zica vírus e febre amarela) no Rio Grande do Sul reuniu integrantes do Centro de Operações de Emergência (COE – Arboviroses) nesta sexta-feira (18/6).

Até agora, o Estado tem 85% dos municípios infestados pelo Aedes aegypti e 10 óbitos por dengue, além da baixa e média cobertura vacinal para a febre amarela em 390 municípios.

A secretária da Saúde, Arita Bergmann, disse, na abertura do encontro, que “aposta no COE-Arboviroses para nos trazer alternativas de enfrentamento a essas áreas de preocupação no Estado”.

Arita propôs que seja elaborado “um plano de contingência robusto, efetivo e prático, a partir dos dados que já temos, e partirmos para as ações”.

Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Tani Ranieri, que apresentou o panorama das arboviroses aos integrantes do COE, é necessário intensificar, pelos municípios, a vacinação contra a febre amarela em pessoas de 18 a 59 anos, nas regiões prioritárias sudoeste, centro-oeste e de fronteira com a Argentina.

O COE-arboviroses é formado por instituições e órgãos públicos e da sociedade civil. São representações, como o Comando Ambiental da Brigada Militar, IBAMA, FEPAM, Secretaria da educação, Grupo Hospitalar Conceição (GHC) que darão apoio e implementarão ações para o enfrentamento a essas doenças.

Ações de comunicação e educação efetivas junto à população na área de prevenção ambiental e valorização da imunização contra a febre amarela são medidas que fazem parte das operações do centro de emergência.

Dados do boletim epidemiológico

Conforme o último Informativo Epidemiológico das Arboviroses, referente à Semana Epidemiológica 23 (dados até 12 de junho de 2021), os 10 óbitos de dengue ocorreram nos municípios de Passo Fundo, com 1 caso, 3 em Erechim, 5 casos em Santa Cruz do Sul e 1 caso em Bom Retiro do Sul. São 11.934 casos suspeitos de dengue, 7.715 casos confirmados, sendo 7.536 casos autóctones, 3.635 descartados e 438 ainda em investigação.

O Rio Grande do Sul notificou 566 casos de febre de chikungunya, 207 casos confirmados, sendo 184 casos autóctones nos municípios de Santa Vitória do Palmar, Bento Gonçalves, Espumoso, Cerro Largo, Pirapó e São Nicolau e Ijuí, 249 foram descartados e 110 continuam aguardando investigação.

De zika vírus, foram notificados 172 casos suspeitos, 20 casos confirmados, sendo 14 casos autóctones nos municípios de Santa Maria, São Nicolau, Santa Cruz do Sul e Bom Retiro do Sul, 99 foram descartados e 37 continuam aguardando investigação diagnóstica.

O monitoramento da febre amarela, realizado desde 2020, notificou quatro casos suspeitos, dois descartados e dois estão em investigação diagnóstica.

O boletim assinala que os macacos bugios participam do ciclo silvestre do vírus da febre amarela no RS como sentinelas da doença.

A morte desses animais antecede a chegada dos casos em humanos, principalmente entre a população rural e de florestas.

Os dados da vigilância no RS demonstram que, no período de monitoramento (julho de 2020 a 14 de junho de 2021), o CEVS recebeu a notificação de 333 macacos mortos. Por isso a necessidade da intensificação da vacinação nas regiões prioritárias do Estado para enfrentamento à febre amarela.

Leia aqui o   Informativo Epidemiológico Arboviroses SE 23 – 2021

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