O ciclone extratropical que trouxe uma série de prejuízos ao Rio Grande do Sul nas últimas semanas foi mais uma amostra do quanto estamos vulneráveis às adversidades climáticas, ainda que possamos prevê-las. Pensando nisso, os vereadores do PSB de Igrejinha elaboraram um Projeto de Lei do Legislativo para criar uma espécie de banco de materiais de construção.
Assinado pelos vereadores da sigla, Juliano Müller, Dirceu Linden Júnior e Gilmar Pereira da Silva (Nenê), o projeto propõe três etapas de ação sistematizadas. Primeiro, a coleta de sobras de materiais de construções mais o recebimento de doações da comunidade; depois, o armazenamento do material recebido em local adequado, sob gestão da Defesa Civil Municipal e que, sob análise de assistente social, virá a disponibilizar o material de acordo com as necessidades, consolidando a terceira etapa.
“Queremos que a cidade tenha uma reserva de materiais, como telhas e tijolos, à sua disposição. Eles serão repassados às famílias que eventualmente sofrerem em situações de calamidade, como enchentes, para a reconstrução de suas casas. É, sem dúvidas, um plano preventivo”, explica o vereador Juliano Müller.
Ação em parceria com demais agentes públicos
O projeto ainda está em fase de aprimoramento, mas deve funcionar em parceria com diversos agentes do setor público. Entre eles, Defesa Civil e representantes do Poder Executivo, como a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação e a de Planejamento e Meio Ambiente.
“Inclusive, já apresentamos a proposta a alguns representantes e fomos muito bem recebidos. Todos entendemos que iniciativa fará grande diferença para muitas famílias que venham a sofrer em situações de calamidade, independente de quando elas possam ocorrer”, comenta Dirceu.
Assim, o banco de materiais de construção armazenará os itens em local específico para a atividade. Além disso, será abastecido por sobras de materiais de obras que estejam ocorrendo na cidade, como tijolos, areia ou madeira, reduzindo até o descarte de resíduos sólidos no município. Desta forma, como lembra o vereador Gilmar, “mesmo sendo proibido, tem gente que deixa restos de material que acabam entupindo bueiros. Isso também vai diminuir”.