• 19 de setembro de 2024 14:34

Musicalidade com Alex Barbosa

ByJulia Tavares

jul 14, 2020

Caros leitores do Jornal News Paranhana, quando escutamos qualquer gênero musical num aparelho sonoro, não imaginamos que há aí toda uma gama de informações, que se articula com a cultura, história e a sociedade e também séculos de desenvolvimento e transformação.

Assim, penso que para melhor compreendermos isso, vamos primeiro abordar alguns conceitos relacionados á música começando pela pedra fundamental de toda a música: o som. O que é o som? Segundo o dicionário Houaiss: “som é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda mecânica; é uma onda longitudinal, que se propaga de forma circuncêntrica, apenas em meios materiais, como os sólidos, líquidos ou gasosos.” Já ouvimos a expressão “onda sonora”, o que quer dizer isso? Que se pudéssemos vê-lo (o som) teria um formato de onda que vai ao poucos perdendo força e desaparecendo, e porque não vemos? Porque ele se propaga, neste caso pelo ar, e apenas o sentimos pelo corpo principalmente pelo aparelho auditivo.

Para a música o ponto principal do som é que ele possui o que chamamos de frequência e que a mesma pode ser medida por uma unidade, o Hertz (Hz). Uma nota musical possui um número x de Hz, por exemplo a nota Lá possui 440Hz, o Si 493Hz, a nota Sol 391Hz. Em um instrumento musical a nota que não está nesta frequência determinada, nós a identificamos como “desafinada” dentro de um padrão do qual chamamos escala temperada (escreveremos sobre isso posteriormente), a escala é por assim dizer, o caminho que o músico se utiliza para poder tocar determinada música, vamos retomar essa ideia posteriormente.

Voltemos ao som. O ser humano é capaz de ouvir um som numa frequência entre 20Hz e 20.000Hz, além disso apenas alguns animais conseguem ouvir tanto frequências mais baixas quanto mais altas. O que isso significa? Um som de 100Hz é mais baixo que um som de 500Hz, na prática isso quer dizer que 100Hz é uma nota que chamamos musicalmente de GRAVE e a de 500Hz uma nota AGUDA, porque quanto maior a frequência, mais aguda a nota e quanto mais baixa a frequência, mais grave. Assim podemos identificar o som de um trovão, o estouro de uma bomba por exemplo como graves, e a de um passarinho ou uma campainha como agudas, ou popularmente falando, um som grosso e outro fino, mas o correto é dizer grave e agudo.

Em música falamos em propriedades do som, são elas: altura, duração, intensidade e timbre. A altura tem relação com a frequência do som, ou seja, grave ou agudo. A duração é o tempo de propagação deste som, por exemplo, se eu tocar uma corda do violão ele vai soar até não podermos ouvir nada, ou seja, o som tem uma duração determinada.

A intensidade tem haver com o volume do som, quando eu levando ou abaixo o volume do rádio por exemplo, muitas vezes confundimos a intensidade com a altura, podemos ouvir um som agudo e de baixo volume ou, ao contrário, um som grave mas com muita intensidade.

Por fim o timbre caracteriza o som, por exemplo, eu consigo definir a diferença entre uma flauta e um piano porque são instrumentos de timbres diferentes, assim como a voz de um homem de uma mulher e criança, porque a “cor” sonora destes é diferente.

Sobre o som é isso, voltamos numa próxima oportunidade.

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