Mesmo com o anúncio de auxílio do Governo Federal, empresários do setor calçadista anunciam a cada semana um número significativo de demissões. Perante a esta situação inédita com as medidas de distanciamento social para prevenir o novo coronavírus, o Sindicato dos Sapateiros de Parobé atua de forma assertiva para atender a todos os trabalhadores do município.
Logo na primeira semana do anúncio das medidas, a entidade passou a responder quase que 24 horas por dia todas as dúvidas de quem atua no setor coureiro calçadista. “Nós nos organizamos de forma que o sindicato estivesse presente todo o dia e toda a hora para responder as dúvidas e amparar a categoria”, comenta João Pires, presidente do sindicato.
Antes da pandemia, o município contava com mais de oito mil trabalhadores na indústria do calçado. Com os anúncios das demissões, a entidade prevê uma redução para menos de sete mil. “Trata-se de uma medida sem precedentes, então buscamos entendimento jurídico sobre a legislação para conseguir dar uma resposta a categoria. Somos sempre otimistas, mas no momento a situação se agrava negativamente”, explica.
De volta aos trabalhos presenciais na sede administrativa, a entidade fez uma pequena redução no horário de atendimento e não permite aglomeração no local. Os processos de higienização também foram intensificados.
Segundo Pires, a grande preocupação é em relação as empresas terceirizadas. Nas últimas semanas, o sindicato já acompanhou o fechamento de algumas empresas e orientou juridicamente os funcionários desligados. “Aqui em Parobé grandes empresas de fora terceirizam aqui em grande quantidade. As diminuições das vendas destas empresas causam por consequência a diminuição da produção. Este prejuízo acaba sobrando para os terceirizados”, comenta.
Todos os trabalhadores que precisam de auxílio ou orientação jurídica, podem entrar em contato com o Sindicato dos Sapateiros pelos telefones (51) 99608-6030, (51) 99994-4014 ou (51) 3543-1211. Na página da entidade no facebook, também é possível enviar suas dúvidas. Para os atendimentos médicos é necessária a confirmação pelo WhatsApp ou telefone.
Foto: sindicato avalia parobé
Legenda: Entidade busca alternativas para amparar toda a categoria neste momento preocupante.