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Saúde recebe orientações do Estado acerca das Infecções Sexualmente Transmissíveis para agregar às ações já realizadas no Município

ByEduardo Vetter

maio 10, 2019

Uma das preocupações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é a propagação, cada vez mais intensa, das infecções sexualmente transmissíveis (IST), resultando em um agravo da população contaminada. Especialistas da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS) estiveram, na terça-feira, 7, em Taquara, com o intuito de trabalhar números e indicadores das ISTs para auxiliar as ações que o município já vem desenvolvendo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

A maior inquietação, segundo o secretário municipal de Saúde, Vanderlei Petry, está ligada ao vírus HIV que transmite a Aids, uma doença crônica que não tem cura e que atinge um número alto de pessoas, pois algumas sem saber que estão contaminadas, acabam passando o vírus a outras pessoas.

“Como Taquara é um município que está inserido na região metropolitana, temos que ter um cuidado ainda maior de alertar a nossa população dos cuidados, das formas de prevenções e como proceder os atendimentos, pois quanto mais precoce for a detecção do vírus, antes inicia-se o tratamento, diminuindo a contaminação em outras pessoas”, observa Petry.

Além de taquarenses, a Vigilância Epidemiológica do Município, atende pessoas de Igrejinha, São Francisco de Paula, Três Coroas, Rolante, Parobé, Sapiranga, Cambará do Sul e Taquara, já que pelo preconceito existente, muitos pacientes não sentem-se a vontade em buscar auxílio e tratamentos em seu próprio município. “Estamos, no estado do RS, com a maior carga de epidemia, com a maior taxa de mortalidade, de incidências. Muita gente está infectada, sem diagnóstico, transmitindo o vírus, isso é fato”, alerta a especialista em saúde, psicóloga da coordenação regional IST/Aids – 1ª CRS, Camila Rodrigues de Oliveira

Para a especialista em saúde, técnica da coordenação estadual de IST/Aids – SES/RS, Márcia Fitz, é preciso alarmar a população. “Todos somos vulneráveis, e enquanto não conseguirmos fazer a população entender isso, não vamos sanar o problema. O HIV não tem cara, não tem esteriótipo. Todo mundo é vulnerável. Despertar a questão do diagnóstico precoce, ajudará muito a não contaminação de outras pessoas, pois entrando em tratamento, consequentemente, deixam de transmitir o HIV”, revela Márcia.

O encontro também contou com a presença do enfermeiro técnico responsável da SMS, Jorge Amaral; do técnico de enfermagem, responsável pelos indicadores da Vigilância Epidemiológica, Tiago Philereno e da farmacêutica responsável pelos medicamentos antirretrovirais, Janine Hahn Oliveira.

Como funciona o atendimento no Município?

A Secretaria Municipal de Saúde promove capacitações e qualificações permanentes com os seus profissionais de saúde visando um adequado atendimento e o acolhimento dos pacientes, trabalhando, principalmente, com os públicos mais suscetíveis, mais vulneráveis e que se pressupõe estarem mais à deriva da doença.

Para receber qualquer atendimento, primeiramente, é necessário dirigir-se à Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro de residência portando documentos, consultar um médico ou enfermeiro para a solicitação de exames ou do teste rápido, que, através de uma amostra de sangue, identifica a infecção sexualmente transmissível (IST) em menos de 30 minutos.

Se identificada a infecção no teste rápido, a pessoa é encaminhada à Vigilância Epidemiológica para iniciar o tratamento. Todas as UBSs estão aptas a realizarem o teste rápido e há a distribuição, gratuita de preservativos masculinos e femininos para a prevenção das ISTs.

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