Representantes femininas das regiões se encontraram no Legislativo
Apesar de ser a maioria no eleitorado brasileiro, somando mais de 53% conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a representatividade feminina nas Câmaras Municipais esta distante da realidade.
Para entender mais a respeito do assunto e buscar o aumento da proporção de mulheres atuando nos Legislativos, a Câmara de Vereadores de Parobé promoveu pela primeira vez durante a programação do evento “Mulheres em Evidência”, um encontro entre as vereadoras que atuam nas regiões do Vale do Paranhana e Sinos.
Além das vereadoras de Parobé, Maria Eliane Nunes (MDB) e Maristela Toffoli (PT), estiveram presentes no encontro as vereadoras Carmem Kirsch (PTB), Monica Faccio (PT) e Magali da Silva (PTB), de Taquara; Rosa Leães (PT) e Neiva Benkestein (PP), de Nova Hartz; Sandra Orth (PSDB) de Campo Bom; e a vice-prefeita parobeense, Marizete Pinheiro (PP).
“Independente de bandeira ideológica e político partidária, a ideia é contar nossa trajetória e conseguir mostrar a outras mulheres como é importante nós estarmos na política”, destacou Maria Eliane.
Em seus relatos, muitas histórias que se repetem. “Quando a gente impõe nossas ideias, mostra nossos trabalhos, somos rotuladas de agressivas pelos colegas. Somos sempre atacadas por adjetivos machistas, que não valorizam nosso trabalho”, salientou Carmem.
Em todo o País, as mulheres ocupam apenas 13,5% dos cargos nas câmaras municipais e 12% nas prefeituras. No Vale do Paranhana, os municípios de Igrejinha e Riozinho não possuem mulheres eleitas no parlamento.
Em Rolante, recentemente a vereadora suplente Simone Tadiotto (PDT) assumiu vaga no Legislativo após o afastamento de um dos vereadores. Cidades com maior número de habitantes como Novo Hamburgo, que possui apenas uma mulher eleita para a câmara municipal, evidenciam a necessidade de fomentar ainda mais o debate a respeito da participação feminina.
Para a advogada e palestrante do evento, Jeanine Benkestein, a mulher acaba ocupando outros espaços no poder público, geralmente ligados à educação, assistência e cultura. “Apesar de serem mais escolarizadas, sendo mais qualificadas, elas ainda não ocupam os espaços de poder. Precisamos usar mecanismos compartilhados de construção de poder, no que se refere a política isto também envolve os partidos”, destaca.
Eduarda Rocha/Assessoria de Comunicação