• 22 de novembro de 2024 08:39

Parceria entre secretarias descentralizará oficinas do CRAS para dentro das escolas

ByEduardo Vetter

fev 21, 2019

Educadores sociais e visitadores do PIM e Criança Feliz participam de formação para atuar junto aos educandários

 

Uma das coordenadoras do projeto, Mônica Faccio, com a palestrante dra. Patrícia Kebach
Uma das coordenadoras do projeto, Mônica Faccio, com a palestrante dra. Patrícia Kebach

Uma parceria entre a secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação (SMDSH) e a secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SMECE) disponibilizará oficinas (dança, música, capoeira, ludicidade, musicalidade, fotografia) a estudantes da rede municipal de ensino. De iniciativa do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o projeto visa descentralizar as oficinas já realizadas no CRAS às crianças e adolescentes que fazem parte dos grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), levando, estas oficinas, até os educandários. O projeto disponibilizará ainda lanches a todas as crianças participantes.

Para isso, educadores sociais do CRAS e visitadores dos Programas Criança Feliz e Primeira Infância Melhor foram convidados a participarem de uma formação para ampliar conhecimentos. O evento ocorreu, na quarta-feira (20), no Centro Educacional Indio Brasileiro Cesar. Durante a manhã, a pedagoga doutora Patrícia Kebach, educadora musical, professora de Pedagogia e de metodologia científica da Faccat, explanou sobre a construção da moralidade na criança e no adolescente e a psicóloga dra. Rafaela Haack, destacou sobre a fase do adolescente.

Dra. Patrícia explanou sobre a construção da moralidade na criança e no adolescente
Dra. Patrícia explanou sobre a construção da moralidade na criança e no adolescente

No período da tarde, a psicóloga do CRAS, Leidi Daiana Flesch, trabalhou as questões de respiração, meditação e autoconhecimento, e a, professora Mônica Faccio, coordenadora do projeto, junto à SMECE, destacou sobre os Círculos de Paz. “É uma metodologia que estamos experienciando, a cultura de paz, que vem dando muito resultado”, revela. Ela ainda trabalhou os planos individuais e educacionais e as fases do desenvolvimento e aprendizagem.

O projeto, como experiência, foi realizado, no ano passado, nas escolas municipais de Ensino Fundamental Rudi Lindenmeyer, Getúlio Vargas e Nereu Wilhelms. Dada a sua eficácia, este ano, a partir de 7 de março, mais escolas farão parte, duas da zona rural de Taquara, que são as EMEFs Tomé de Souza e Dona Leopoldina, e, seis da zona urbana, que são as EMEFs Nereu e Getúlio, bem como, a Dr. Alípio Alfredo Sperb, Lauro Hampe Muller e o Colégio Theóphilo Sauer e a EMEI Harda Liana Muller. A ideia é que o projeto alcance todas as escolas municipais. A EMEF Nereu Wilhelms, além das oficinas aos alunos disponibilizará, a pedido da comunidade, um grupo de mães.

Mônica, Patrícia, Antônio Edmar, Anildo, Caroline e Carmem recepcionaram os educadores
Mônica, Patrícia, Antônio Edmar, Anildo, Caroline e Carmem recepcionaram os educadores

A professora Mônica Faccio, explica que o projeto advém da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação que trabalha com crianças em situação de vulnerabilidade. “Através desta parceria entre as secretarias, serão atendidas 50% de alunos que já estão cadastrados no CRAS e 50% de alunos que queiram integrar as oficinas, para que haja uma convivência entre todas as crianças”, comenta.

Por meio do projeto, Mônica salienta que o acesso dos educadores sociais, ao público-alvo, torna-se mais fácil, bem como o acesso das pessoas ao projeto. “Nós temos as estruturas das escolas em todos os bairros e interior, bem como disponibilizamos as formações aos educadores sociais, em parceria com a Faccat, e a secretaria de Desenvolvimento Social tem o serviço de atendimento e os educadores sociais”.

Segundo ela o projeto veio em uma boa hora. “Não temos contraturno nas escolas e algumas crianças necessitam permanecer mais tempo dentro do espaço educador. Os educadores sociais poderão trabalhar com os conteúdos da vida diária, das organizações subjetivas, emocionais, que, por vezes, percebemos que a escola não consegue dar conta. Com certeza esta parceria é muito significativa, algo inovador na política pública”, observa Mônica.

Para a coordenadora do projeto, junto à SMDSH, a psicóloga Carmem Comassetto, “a oportunidade de poder fazer esta integração de serviços é muito importante, a secretaria de Educação ter aceito a nossa proposta, é, para nós, um motivo de crescimento, de aprendizagem. Estamos juntos para trocar e proporcionar o melhor a essas crianças”, menciona Carmem.

A coordenadora do CRAS, psicóloga Caroline Britto, destaca que os trâmites para formalização da parceria vem sendo trabalhados desde o ano passado. “Atendemos, nós e a Educação, o mesmo público de crianças, mas a escola é um local em que elas e seus familiares já estão adaptados, inseridos. Perante isso, a ideia é que possamos assistir um público maior, chegar onde as pessoas não conseguem chegar até nós, melhorar os atendimentos, atender com mais qualidade” revela Caroline.

Participando do evento, o secretário da SMDSH, Anildo Araújo, fala da importância da parceria ao bem das crianças e adolescentes. “Esta é uma parceria histórica que vem fortalecer o trabalho de ambas as secretarias. É muito importante para alcançarmos um campo maior de trabalho. Trabalhávamos nos espaços dentro da secretaria, agora vamos entrar no espaço que, até então, era somente da escola, pois lá também está o nosso público, além de outros alunos. A dificuldade era grande, quando tínhamos duas oficineiras com poucas horas. Hoje contamos com seis educadores com 80 horas, o que tornou possível pensar nesta parceria.”, comemora o secretário.

Muito feliz com a iniciativa o secretário de Educação, Cultura e Esportes, Antônio Edmar Teixeira de Holanda, agradeceu o empenho de todos para que a efetivação da parceria. “Muito bom ter todos vocês educadores sociais participando deste momento de conhecimento. Se mantermos o nosso trabalho concentrado neste objetivo as coisas vão de fato acontecer para o bem de nossas crianças e adolescentes, pois uma nova ação pode mudar o comportamento dentro e fora das escolas. Com certeza esta parceria é um marco a todos nós”, destaca Edmar.

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